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quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Clima adverso reduz estimativas de produtividade e produção do milho em MS

O clima adverso marcado por falta de chuvas e queda de granizo justamente na fase de desenvolvimento fenológico e granação do milho 2ª safra 2020/21 motivou a revisão das estimativas de produção e produtividade em Mato Grosso do Sul. 

Conforme o mais recente boletim Casa Rural elaborado pelo Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), o setor produtivo sul-mato-grossense agora estima colher, em média, 68,7 sacas por hectare, e produzir 8,251 milhões de toneladas.

O documento publicado na terça-feira (22) pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e pela Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja do Estado) revela que essa estimativa foi revisada após levantamento feito na terceira semana de junho. Anteriormente, as projeções eram de produtividade média de 75 sacas por hectare e produção total de 9,013 milhões de toneladas.

Embora a área plantada com milho segunda safra tenha saltado de 1,895 milhão para 2,003 milhões de hectares em relação ao ciclo anterior, o clima tem sido desfavorável. 

Segundo o boletim Casa Rural, “a produtividade de Mato Grosso do Sul passou por revisão diante dos acontecimentos climáticos no desenvolvimento fenológico e granação, afetando grande parte da produção estadual do milho 2ª Safra”.

Antes, os técnicos do Siga-MS já haviam apurado que chuvas de granizo ocorridas entre 28 e 30 de maio causaram danos significativos em mais de 7,5 mil hectares de milho cultivados em quatro municí­pios produtores localizados nas regiões sul-fronteira, sul e sudeste do Estado.

Foram apontados danos irreversí­veis em 6.890 hectares no municí­pio de Naviraí­, 600 hectares em Amambai e 50 hectares em Coronel Sapucaia. Já em Caarapó houve danos leves que não foram quantificados pelos produtores. “Várias destas áreas afetadas estão cobertas por seguro agrí­cola”, informou na ocasião. 

Na mais recente publicação, é detalhado que 36% das lavouras do Estado tám classificação “ruim”, por apresentarem “diversos critérios negativos, como alta infestação pragas (plantas daninhas, pragas e doenças) ou falhas de stand, desfolhas, enrolamento de folhas, amarelamento precoce das plantas, dentre outros sintomas que causem elevada perda de potencial produtivo”. 

Na classificação “regular” estão 58%, o que indica “plantas que apresentam poucos danos causados por pragas, stand razoável e pequenos amarelamentos das plantas em desenvolvimento”. 

Apenas 6% da área cultivada com milho em território estadual são apontados como “bom”, por não apresentarem “nenhuma das caracterí­sticas anteriores, possuindo plantas viçosas e que garantem uma boa produtividade”.

Fonte: André Bento/ Douradosnews

2021-06-23 10:01:00

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