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quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Petrobras reajusta preços dos combustíveis: gasolina sobe 5,18%; alta do diesel é de 14,26%

Litro da gasolina vendida í s distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06. Para o diesel, preço médio sobe de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro.

Foto: Fernando Frazão/Agáncia BrasilA Petrobras anunciou nesta sexta-feira (17) novas altas nos preços da gasolina e do diesel vendidos í s distribuidoras, a partir de 18 de junho. O diesel não era reajustado desde 10 de maio – há 39 dias. Já a última alta no preço da gasolina havia sido em 11 de março – há 99 dias. Os preços do GLP não serão alterados.

Com o reajuste, o preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro (alta de 5,18%). Para o diesel, preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro (alta de 14,26%).

A alta foi tema de discussão em reunião extraordinária do Conselho de Administração da Petrobras na véspera.

Durante a reunião, segundo blog do Valdo Cruz, os conselheiros ligados ao governo tentaram convencer a empresa a segurar o aumento. Só que a diretoria relatou o teor das conversas realizadas com o governo nos últimos dias, quando a equipe do presidente Jair Bolsonaro não aceitou conceder um subsí­dio para a estatal e para importadores privados trazerem o diesel mais caro no exterior e vendá-lo no Brasil com um valor mais baixo.Imagem: g1

Justificativa

Na nota em que anuncia o reajuste, a Petrobras afirma que o mercado global de energia está atualmente em ;situação desafiadora;, por conta da recuperação da economia mundial e a guerra na Ucrânia.

A estatal aponta, ainda, que ;é sensí­vel ao momento em que o Brasil e o mundo estão enfrentando e compreende os reflexos que os preços dos combustí­veis tám na vida dos cidadãos;, e que tem buscado equilibrar seus preços com o mercado global, sem o repasse imediato da volatilidade dos preços externos e do câmbio.

;Não obstante, quando há uma mudança estrutural no patamar de preços globais, é necessário que a Petrobras busque a convergáncia com os preços de mercado;, diz a nota, que sugere que, de outra forma, poderia haver risco de desabastecimento interno.

Preço nas bombas

Vale lembrar que o valor final dos preços dos combustí­veis nas bombas depende também de impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores.

Segundo a ANP, o preço médio da gasolina no paí­s ficou em R$ 7,247 na semana encerrada no dia 11. Já o do diesel, em R$ 6,886.Imagem: g1

Medidas

O Congresso aprovou esta semana o projeto que limita a alí­quota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustí­veis, energia, gás natural, comunicações e transportes coletivos. A medida é uma das tentativas do governo federal para reduzir o preço dos combustí­veis em ano eleitoral. Para entrar em vigor, ela agora depende da sanção presidencial.

Preocupado com a alta dos combustí­veis em ano eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro tem pressionado a Petrobras a não repassar a alta internacional dos preços do petróleo para as bombas. Desde 2016, a estatal passou a adotar para suas refinarias uma polí­tica de preços que se orienta pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio.

O petróleo Brent, principal referáncia internacional, já acumula alta de mais de 60% no ano, e encerrou a quinta-feira (16) a US$ 120,95 o barril.

Imagem: g1

Fonte: Laura Naime, g1

2022-06-17 10:39:00

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