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Projetos criativos despertam o interesse pela leitura nas escolas de Tacuru

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Raquel Fernandes

Com tantas tecnologias a disposição, como os aplicativos, jogos de celular, sites de filmes e séries, muitas crianças e adolescentes tem se afastado cada vez mais dos livros. Pensando nisso, a equipe pedagógica de duas escolas de Tacuru, tem desenvolvido projetos criativos com resultados surpreendentes.

As escolas, municipal Cecilia Mutsumi Honda Perecin e a estadual Professor Cleto de Moraes Costa desenvolveram o projeto de leitura do livro “A Culpa das Estrelas” com diversas atividades.

De acordo com a professora que coordenou o projeto, Dayse Mello, projetos de incentivo í  leitura fazem muita diferença no aprendizado. â€œí‰ importante que a escola busque resgatar o valor da leitura, como um ato de prazer. Sem a leitura, há dificuldades no aprendizado, que acarreta em conseqí¼áncias negativas como os erros ortográficos, conhecimentos limitados, vocabulário precário e dificuldade de interpretar textos e situações, entre outras”, destaca.

Etapas do Projeto

Na primeira etapa do projeto os alunos fizeram a leitura do livro em sala de aula.  â€œNós fazí­amos a leitura até determinado capí­tulo, e depois debatí­amos sobre o que os alunos já haviam conhecido da história. Eles falavam sobre os personagens, o desenrolar da história, emitiam opiniões sobre os fatos e também sobre as expectativas para o desfecho do livro. Ao longo da leitura, eles começaram a conhecer e tomar partido dos personagens, que causavam diversos sentimentos. Alguns personagens eles começavam a odiar, e quando chegava no próximo capí­tulo, essa visão começava a mudar e eles entendiam os motivos de determinado fato.”, conta a professora, destacando o orgulho dos estudantes que realmente participaram e se envolveram com a leitura.

Após encerrada a etapa da leitura, os estudantes assistiram o filme da obra escrita e puderam opinar sobre as duas produções( livro e filme). Nesta etapa,  por meio de uma decoração e estrutura montada pela escola, os estudantes puderam se sentir em uma sessão de cinema. “ Como não tí­nhamos a oportunidade de ir em um cinema de verdade, eu fabriquei uma máquina de coca-cola para o nosso cinema, que na verdade eu adaptei de um bebedouro”, conta.

Outra atividade, também desenvolvida nesta etapa foi o piquenique, que recriava uma cena do livro.  A terceira etapa fez com que os alunos produzissem textos com suas sinopses do filme.

Para a estudante do  7º ano, da escola Cecí­lia Mutsumi Honda Perecin, Kelly Araújo(12), a experiáncia foi bastante prazerosa. “Eu achei o livro muito mais legal que o filme. Da história, eu gostei bastante da parte da viagem que eles fazem para Amsterdã.” opina a aluna que ressalta que gosta de ler e já havia lido o livro antes de iniciarem as atividades em sala.

O aluno, Rafael Constâncio, também compartilha da opinião de Kelly: “Gostei mais da história do livro do que do filme, porque a leitura traz mais detalhes. Tem algumas cenas que eu imaginei, enquanto lia o livro, mas no filme não tem.”

Simulando a vida real

Outra atividade que também esteve inserida no projeto de leitura do Livro “A Culpa é das Estrelas”, foi o uso de dinheiro fictí­cio.

“A cada atividade que eles faziam, valia dinheiro. A moeda corrente da escola eram as estrelas  e o dinheiro era assim: 2, 5, 10, 20, 50 100 estrelas. Conforme o valor da atividade, o que eles desenvolviam, eles ganhavam essas moedas e iam guardando.No dia do cinema, eles pagaram a entrada, a pipoca e refrigerante com as estrelas. Tudo que tinha pra vender no cinema, eles compravam com as estrelas e por fim a nota de cada um era a quantidade de estrelas que eles conseguiram juntar.” explica a professora.

 

 Alunos do 7º ano do ensino fundamental, Kelly e Rafael contam que gostaram mais da história do livro do que do filme.

Fonte: A Gazeta Conesul/Tacuru

2018-08-29 12:09:29

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