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Subsídios para BNDES caíram R$ 13,5 bilhões em 2018

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Os subsí­dios ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e í  Financiadora de Projetos (Finep) caí­ram R$ 13,5 bilhões em 2018, divulgou na quinta (31) o Tesouro Nacional. O valor caiu de R$ 22,7 bilhões em 2017 para R$ 9 bilhões no ano passado.

As subvenções e os subsí­dios para o BNDES ocorrem porque o banco empresta recursos com juros mais baixos que os de mercado. O Tesouro precisa cobrir a diferença entre as taxas mais baratas que o tomador dos empréstimos subsidiados paga e os juros que o governo paga no sistema financeiro.

Os subsí­dios dividem-se em dois tipos. O primeiro é o explí­cito, também chamado de financeiro, quando o governo usa recursos do Orçamento Geral da União, aprovados pelo Congresso. Esse tipo de subsí­dio cobre a diferença entre as taxas usadas nos financiamentos do BNDES e as taxas cobradas do tomador.

Os subsí­dios implí­citos ou credití­cios não são cobertos com recursos do Orçamento, mas por meio da emissão de tí­tulos da dí­vida pública. Esses subsí­dios cobrem a diferença entre a taxa Selic (juros básicos da economia) e a Taxa de Longo Prazo (TLP).

Até 2017, a taxa dos financiamentos do BNDES era a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), fixada a cada trás meses pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). No ano passado, a TJLP começou a ser progressivamente substituí­da pela TLP.

Segundo o relatório do BNDES, o pagamento de subsí­dios explí­citos caiu de R$ 6,6 bilhões em 2017 para R$ 4 bilhões em 2018. O desembolso de subsí­dios implí­citos recuou da R$ 22,7 bilhões para R$ 9 bilhões na mesma comparação.

De acordo com o Tesouro Nacional, a redução dos subsí­dios do BNDES decorre de trás medidas. A primeira foi o fim do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que financiava a compra de bens de capital (máquinas e equipamentos usados na produção), exportações e investimentos em inovação. O PSI cobrava taxas inferiores a TJLP, portanto sendo parcialmente bancado com subsí­dios explí­citos.

A segunda razão foi a extinção do PSI, que durou de 2009 a 2015, o programa teve o prazo de pagamento foi encurtado em 20 anos, de 2060 para 2040. Além disso, as caráncias de juros e principal, que vigorariam até março de 2020 e março de 2040, respectivamente, tiveram o fim antecipado para 31 de dezembro de 2018. A caráncia representa o perí­odo em que o tomador fica sem pagar parcelas dos financiamentos.

A terceira razão foi a criação da TLP. Mais próxima da taxa Selic, a nova taxa tem como finalidade reduzir os subsí­dios implí­citos. A TLP é composta pela variação da inflação oficial pelo índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais as taxas da NTN-B, tí­tulo público de longo prazo corrigido pelo IPCA.

Fonte: Agáncia Brasil

2019-02-02 10:29:00

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