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Sem água, indígenas poderão ocupar fazendas em Amambai

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Comunidade da aldeia Limão Verde sofre há cinco anos com falta de água na reserva e com a omissão do governo e dos órgãos federais em relação a questão.

Vilson Nascimento

Há pelo menos cinco anos sofrendo com a falta do recurso mais precioso í  vida, a água e com a omissão do Governo Federal, na questão representados pela Funai (Fundação Nacional do índio) e principalmente da Sesai (Secretaria Especial da Saúde Indí­gena), a população da aldeia Limão Verde, situada na saí­da para Tacuru, em Amambai, ameaça adotar uma atitude radical para chamar a atenção das autoridades para a questão.

Em reunião realizada na manhã dessa terça-feira de Carnaval, 5 de março, parte dos moradores da aldeia tomaram uma decisão, inclusive registrada em ata, de invadir propriedades rurais da região e acampar í s margens de córregos e nascentes.

Segundo o “capitão” da comunidade indí­gena, Nelson Castelão, o prazo para começar as ocupações será nesta sexta-feira, 8 de março, caso as autoridades competentes não resolvam o grave problema que a aldeia enfrenta em relação ao abastecimento de água potável.

“Não é isso o que queremos, mas sem água para atender as nossas necessidades básicas estamos sendo obrigados a essa situação”, disse o lí­der indí­gena.

Nessa terça-feira (5) mesmo sendo feriado, a Prefeitura de Amambai e a Defesa Civil do municí­pio, com apoio de um caminhão pipa cedido por uma empresa  privada, levou água para abastecer parte da comunidade, trabalho que pode perdurar pelos próximos dias.

Em uma reunião realizada a cerca de um más, o Ministério Público Federal (MPF) teria informado í s lideranças indí­genas que o Exército Brasileiro iria abastecer a comunidade com o emprego de caminhão pipa até que um novo poço fosse construí­do.

Procurado nessa terça-feira (5) o prefeito de Amambai, Dr. Edinaldo Bandeira informou í  reportagem do grupo A Gazeta que manteve contato com o comando da unidade do Exército, em Amambai e recebeu a informação que o abastecimento requerido pelo MPF era para que os militares abastecessem permanentemente a aldeia com água, fator que não era possí­vel devido as atribuições da organização militar.

O prefeito informou que além da medida paliativa iniciada nessa terça, levando água por meio de caminhão pipa, a administração municipal vai pressionar politicamente os órgãos responsáveis e buscar meios legais para atender a demanda daquela população.

                 Na reportagem em ví­deo as reclamações da comunidade pela falta de água

A ata de reunião realizada nessa terça (5) na aldeia Limão Verde

O capitão da reserva indí­gena, Nelson Castelão. “Não é isso o que queremos, mas sem água para atender as nossas necessidades básicas estamos sendo obrigados a essa situação”, disse ele em relação a ocupar terras privadas.

Este poço foi construí­do tempos atras mas nunca entrou em operação de fato.

Visando amenizar o problema dos moradores, a prefeitura, por meio da Defesa Civil, passou a distribuir água com caminhão pipa.

2019-03-05 19:16:00

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