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Surto de raiva bovina deixa pecuária em alerta no Cone Sul

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Focos da doença foram encontrados em Amambai, Tacuru e Paranhos. Sindicato Rural de Amambai orienta produtores a vacinar o rebanho.

Vilson Nascimento

Um susto de raiva bovina está deixando pecuaristas e as autoridades sanitárias em alerta na região Cone Sul do Estado, de Mato Grosso do Sul.

Segundo o diretor regional da Iagro (Agáncia Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) em Amambai, o médico veterinário Israel de Almeida Lobo Neto, trás focos da doença foram registrados nos últimos dias na região da bacia do Rio Iguatemi.

Um em Amambai, um em Tacuru e outro no municí­pio de Paranhos, todos em propriedades que margeiam o Rio Iguatemi.

No ano passado (2018) um foco da doença já havia sido registro nessa mesma bacia hidrográfica, mas na região da divisa entre os municí­pios de Amambai e Coronel Sapucaia.Exemplar do morcego hematófago capturado na região de Amambai. Vampiro, ele transmite a raiva aos animais através da mordida para sugar o sangue da presa.

Notificado pela Iagro sobre a propagação da raiva, o Sindicato Rural de Amambai (SRA) faz um alerta a todos os pecuaristas criadores de bovinos e bubalinos para a necessidade da vacinação como forma de prevenção í  doença.

“A orientação da Iagro é para que todo o rebanho do municí­pio seja vacinado”, destacou o presidente do Sindicado Rural de Amambai, Rodrigo í‚ngelo Lorenzetti.

Vacinação junto com a febre aftosa

Segundo o presidente do SRA, Rodrigo Lorenzetti, por questões de manejo do rebanho, a sugestão da Iagro é que a dose da vacina antirrábica seja aplicada junto com a vacinação contra a febre aftosa, cuja campanha se inicia no más que vem, maio.

Porém como para a vacina surtir efeito e deixar o animal imune í  raiva pelo perí­odo de um ano, faz se necessário a aplicação de duas doses com intervalo de 21 a 30 dias entre uma e outra.

Por conta disso o diretor regional da Iagro, Israel Lobo Neto, recomenda que se aplique uma dose agora e outra no más que vem, durante a vacinação contra a aftosa.

Na Agroveterinária Fistarol em Amambai o fraco com 25 doses da vacina contra a raiva, que não é a mesma utilizada em cães, gatos e humanos, custa R$ 15,00, mas o preço varia de estabelecimento para estabelecimento.

O que é a raiva

A raiva que atinge o rebanho bovino é uma doença transmitida por morcegos que se alimentam de sangue, os chamados hematófagos e o ví­rus também é transmissí­vel para outros animais e inclusive para seres humanos.O presidente do Sindicato Rural de Amambai, Rodrigo Lorenzetti. Orientação é para que todo o rebanho do municí­pio seja vacinado. 

O ví­rus da raiva está presente na saliva do Desmodus rotundus (espécie de morcego hematófago mais comum), que contamina o bovino no ato da mordida e o perí­odo de incubação da doença no animal infectado pode ocorrer de 3 a15 semanas.

Principais sintomas

O ví­rus da raiva ataca o sistema nervoso. Em bovinos, os sintomas são: alterações comportamentais, problemas respiratórios, mugido rouco, dilatação das pupilas, salivação com espuma, fezes escuras e secas, além de andar trôpego. Com o avanço da doença, ocorre paralisia dos membros posteriores e anteriores(posteriormente). O óbito do animal ocorre após 4 a 8 dias da manifestação sintomática da doença.

Principais medidas

Se forem observados animais com esses sintomas, a IAGRO deve ser notificada para que possa fazer coleta de material para exames laboratoriais.A vacina antirrábica. Para ficar imune a raiva pelo perí­odo de um ano o animal deverá tomar duas doses com pedidos de 21 dias entre uma e outra. 

Vale ressaltar que esse exame não tem custo para o produtor e que a suspeita ou diagnóstico de raiva não ocasiona interdição da ficha sanitária, tampouco o sacrifí­cio de animais sadios.

Segundo o diretor regional da Iagro, Israel Lobo, o produtor rural pode colaborar para impedir a proliferação da doença repassando a Agáncia Sanitária informações sobre a existáncia de colônias ou abrigos de morcegos em suas propriedades para que as equipes técnicas da Iagro adotem as medidas cabí­veis.

A orientação, segundo a Iagro é que, caso se depare com colônias do mamí­fero, o produtor informe as autoridades sanitárias e não proceda com medidas para o extermí­nio, por exemplo.

De acordo com a Iagro, o morcego hematófago se abriga em taperas abandonadas, cavernas ou até mesmo ocos em troncos de árvores.

2019-04-10 19:35:00

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