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Inquérito conclui que tiro que matou menino de 11 anos não foi acidental em Sidrolândia

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Nove dias após o crime, a Polí­cia Civil de Sidrolândia – a 70 km de Campo Grande, concluiu o inquérito sobre a morte do menino Luiz Otávio Santana de Lima, de apenas 11 anos de idade, em uma fazenda da cidade. Ivan Alyffer Albuquerque Rocha, de 23 anos, foi indiciado por homicí­dio doloso, e o inquérito encaminhado ao Ministério Público nesta segunda-feira (17).

O delegado Diego Dantas ouviu dez testemunhas sobre a morte da criança. Um tio afirmou que Ivan teria premeditado o crime. Se o depoimento for levado em conta, poderá agregar a qualificadora de vingança í  denúncia. Ivan nega que agiu por vingança e afirma que não sabia que a arma estava engatilhada. A Polí­cia Civil em Sidrolândia chegou a realizar reconstituição do crime para ajudar nas investigações.

Apaixonado por futebol, Luiz Otávio sonhava ser jogador profissional de futebol. Torcedor do Corinthians, ele treinava em uma escolinha de Sidrolândia e nunca escondeu o desejo de jogar no time do coração, como a maioria dos garotos de origem humilde de sua idade. No entanto, os sonhos foram interrompidos no final da tarde de sábado. Luiz era um menino carinhoso, querido por todos e havia se divertido muito com os primos horas antes do homicí­dio.

Versão da famí­lia

A famí­lia acredita que o menino Luiz Otávio foi alvo de um plano premeditado de vingança. De acordo com o tio, um pintor de 52 anos, o suspeito, Ivan Alyffer jurou se vingar ao ser preso após denúncia de violáncia doméstica por agressão contra a esposa, prima da ví­tima.

Durante entrevista ao Jornal Midiamax, Nilton informou que Ivan chegou a ficar trás meses na prisão e que por este motivo pode ter assassinado o menino como forma de atingir a famí­lia. “Ele ficou revoltado quando foi preso e disse que iria se vingar’, comentou o tio. Nilton salientou que Ivan teria premeditado tudo. “Ele pediu a arma emprestada, chamou a famí­lia para ir para a fazenda e até mesmo arrumou um carro para levar todos, porque sabia o que ia fazer’.

Conforme apurado, Ivan chamou Luiz e o irmão de 13 anos para irem caçar jacaré com uma arma artesanal calibre 22. De acordo com Nilton, o sobrinho de 13 anos detalhou que, depois que o trio se afastou da famí­lia, Ivan teria sacado a arma e dito para Luiz: “Ajoelha, pede perdão e reza, porque vocá vai morrer hoje’. Os meninos ficaram em choque e não entenderam a situação, até que Ivan ameaçou novamente e apontou a arma.

Neste momento, o irmão fugiu correndo, momento em que ouviu o som de um disparo. Quando ele olhou para trás, viu o suspeito tentando carregar a arma mais uma vez. “Ele [o sobrinho de 13 anos] achou que ia ser morto também, mas a arma demorou demais para ser carregada’, pontuou o tio. A famí­lia foi avisada e chegou ao local, onde Luiz estava baleado. O menino teria dito í  mãe: “Foi o Ivan que atirou em mim’. E em seguida perguntou: “Será que vou morrer?’.

Ele chegou a ser socorrido, mas morreu a caminho do hospital. O tiro atingiu o garoto nas costas e atravessou o abdômen. Ivan foi preso e, em uma de suas versões, disse que foi tentar atirar em um jacaré, quando a ví­tima entrou na linha de tiro. No entanto, a polí­cia contesta a versão alegando que sequer havia uma lagoa perto do local onde o crime aconteceu.

Fonte: Campo Grande News / Silvia e Aline dos Santos 

2019-06-18 10:06:00

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