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Prejuízos provocados por quadrilha que esquenta carros de luxo podem chegar a R$ 10 milhões

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Seis pessoas foram presas nesta quinta-feira (1º), durante a operação Mau Despacho deflagrada pela Polí­cia Civil em Mato Grosso do Sul e Goiás. Os presos integram uma associação criminosa especializada em esquentar carros de luxo, que em um ano pode ter provocado prejuí­zo de mais de R$ 10 milhões.

Entre os presos estão dois empresários de Rio Verde de Goiás e quatro despachantes de Paranaí­ba. Os comerciantes, que tem garagens no estado vizinho, eram responsáveis pela locação fraudulenta e os despachantes, pela adulteração e falsificação dos documentos dos veí­culos.

De acordo com o delegado Regional da Polí­cia Civil de Paranaí­ba, Wallace Martins Borges, que coordenou as investigações, em um ano o grupo fraudou entre 80 e 100 veí­culos de luxo e causou um prejuí­zo estimado de R$ 10 milhões. “Os donos das garagens utilizavam laranjas para locar os veí­culos nos aeroportos e iam para Paranaí­ba, onde com a ajuda dos despachantes faziam a transferáncia fraudulenta”, afirma Wallace.

Na ação de hoje foram recuperados 9 carros de luxo em Rio Verde de Goiás e Itajá, em Goiás e em Paranaí­ba e Cassilândia, no Mato Grosso do Sul. Também foram apreendidos diversos cartões utilizados para locar os carros e folhas de cheque recebidas como pagamento pelos criminosos, que movimentam várias contas bancárias.

A ação criminosa – Os criminosos identificavam os carros de luxo disponí­veis nas locadoras de aeroportos das capitais brasileiras, na sequáncia selecionavam “laranjas” para realizar a locação dos veí­culos, que eram levados para Goiás. No estado vizinho, com procurações falsas os criminosos emitiam o Certificado de Registro de Veí­culo (CRV) e reconheciam firmas dos falsos vendedores.

Os carros seguiam para Paranaí­ba, onde com a ajuda dos despachantes, eram feitas as transferáncias fraudulentas dos carros de luxo para os nomes dos laranjas . A venda era feita pelos garagistas integrantes do bando, que assim como os demais percebiam lucros com a ação criminosa.

Conforme o delegado, o Departamento Estadual de Trânsito não tem envolvimento nas fraudes, mas as investigações apontam que despachantes, funcionários de cartórios, vendedores de carros e escritórios de advocacia integram a associação criminosa.

A Investigação – O grupo criminoso começou a ser investigado em maio deste ano, através da troca de informações entre a Polí­cia Civil e a Polí­cia Rodoviária Federal, após a Polí­cia Militar de Goiás apreender um veí­culo que foi locado de maneira fraudulenta, e revendido para uma terceira pessoa de boa fé.

A operação Mau Despacho deflagrada hoje pela Polí­cia Civil envolveu 81 policiais, de Mato Grosso do Sul, da Polí­cia Civil e Militar de Goiás e agentes da Polí­cia Rodoviária Federal. Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de prisão.

Conforme o delegado Wallace há outros envolvidos identificados e as investigações vão continuar. “Surgindo novas evidências nós faremos uma nova fase da operação”, concluiu.

Fonte: PMMS

2019-08-02 09:12:00

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