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Agosto fechou com total de queimadas 6 vezes superior a 2018 em MS

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O número de queimadas registradas ao longo do más de agosto deste ano – entre o dia 1 de agosto e o dia 1 de setembro – superou em seis vezes o que foi registrado no mesmo perí­odo em 2018. Os dados são do Banco de Queimadas, um projeto do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais). Foram 32.266 queimadas contra 5.464 no ano passado.

Corumbá, no coração do Pantanal, a 419 km de Campo Grande, lidera o ranking e responde por 59,2% dos incándios acompanhados pelo Inpe, com 19.091 focos. Em seguida vem Porto Murtinho, a 431 km de Campo Grande, onde ocorreram 16,8% das queimadas.

O aumento das queimadas registrado pelo Inpe e por outras instituições, especialmente na região amazônica, gerou crise internacional para o governo de Jair Bolsonaro (PSL), fortemente criticado com acusações de negligáncia no combate aos incándios ilegais. A prática de queimadas ocorre principalmente na agricultura, uma forma de abrir pastagens e de aumentar o valor da terra.

As queimadas já são esperadas para essa época do ano, marcada pela estiagem, mas o aumento vertiginoso preocupou cientistas e ambientalistas que veem na intensificação da prática e na crise climática, ingredientes perigosos.

A importância da maior floresta tropical do mundo, que segura CO2 e é responsável pelo fenômeno que leva chuvas a varias regiões do planeta, motivou intenso debate nas últimas semanas. As discussões envolveram não só lí­deres das principais potáncias mundiais. Até celebridades compartilham, nas redes sociais, fotos da floresta em chamas.

Em Mato Grosso do Sul, até agora, 59.196 queimadas foram registradas pelo Inpe, contra 15.213 em 2018, um aumento de 289%. O Pantanal é o bioma de Mato Grosso do Sul com maior registro de incándios: 21.452, 66,5% do total. Em seguida vem o Cerrado, com 28,7% das queimadas e a Mata Atlântica, com 4,8%

A crise motivou decreto editado pelo governo na última semana, que proibiu por 60 dias as queimadas em todo o paí­s. Bolsonaro reeditou o decreto, ainda assim, e restringiu a proibição apenas para a Amazônia.

Corumbá, em número de incándios no más de agosto, só fica atrás de Altamira (PA), na lista de cidades com mais ocorráncias. Em Mato Grosso do Sul o fogo atingiu regiões exploradas pelo turismo e outros pontos do Pantanal sul-mato-grossense, caso da Terra Indí­gena Kadiwéu.

Fonte: Izabela Sanchez / Campo Grande News  

2019-09-02 10:26:00

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