Início Notícias Política Câmara Alta do Paraguai expulsa senador que pregou extermínio de brasileiros

Câmara Alta do Paraguai expulsa senador que pregou extermínio de brasileiros

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O senador Paraguayo Cubas, que no iní­cio desta semana defendeu o extermí­nio “de uns 200 mil brasileiros” que vivem no Paraguai, foi expulso pela Câmara Alta do seu paí­s acusado de uso indevido de influáncia do cargo.

Ele já respondia a várias denúncias antes de, na segunda-feira (25), agredir um policial paraguaio em Minga Porã, a 100 km da região de Mundo Novo (MS), após acusar o agente de receber propina para liberar trás caminhões com madeira retirada da fazenda de um brasileiro.

Conforme a Câmara Alta, que no Paraguai é equivalente ao Senado brasileiro, o polí­tico do partido Cruzada Nacional utilizou sua posição para cometer reiteradas condutas que não correspondem a um parlamentar federal.

Em abril deste ano, Paraguayo Cubas já tinha suspenso por dois meses por jogar água e uma banana em um colega de Parlamento durante bate boca em plenário. Ele ainda não se pronunciou sobre a decisão dos colegas.

Morte de brasileiros – “Brasileiro bandido invasor vem desmatar o paí­s. Tem que matar aqui pelo menos uns 100 mil brasileiros. Vocás sabem quantos brasileiros tám no nosso paí­s? Tem dois milhões. Desses, cem mil são bandidos e tem que matar”, afirmou Cubas, segunda-feira, no departamento (equivalente a estado) de Alto Paraná.

O então senador foi até o local onde trás caminhões carregados de toras tinham sido apreendidos. Ele teria recebido denúncia de que os policiais iriam liberar a madeira em troca de propina, já que os troncos seriam de desmatamento ilegal. Cubas agrediu um dos policiais, a quem acusou de receber propina do fazendeiro brasileiro.

O Instituto Florestal Nacional do Paraguai investigou a origem da madeira e concluiu que as toras não foram retiradas em desmatamento ilegal. Segundo a presidente do instituto, Cristina Goralewski, a madeira é originada do plano de manejo florestal adotado pelo fazendeiro brasileiro na propriedade.

Fonte: Helio de Freitas/ Campo Grande News

2019-12-02 08:50:00

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