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Para reabrir lojas, fronteira quer barrar brasileiro de cidades com vírus

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Com o paí­s em quarentena total por causa da pandemia do novo coronaví­rus, o comércio da fronteira com Mato Grosso do Sul está parado há quase 50 dias. Todas as lojas de importados estão fechadas. Centenas de trabalhadores demitidos não conseguem nem mesmo procurar emprego do lado brasileiro devido ao bloqueio da Linha Internacional.

Nesta segunda-feira (27), a Câmara de Comércio de Pedro Juan Caballero pediu ao ministro do Interior Euclides Acevedo a reabertura dos acessos a Ponta Porã (MS) e funcionamento do comércio através de medidas controladas para impedir a proliferação da covid-19.

Segundo Tomás Medina, representante da câmara que esteve com o ministro, pelo menos 40 mil pessoas economicamente ativas da capital do departamento (equivalente a estado) de Amambay esperam definição para reativar suas funções.

De acordo com o comerciante, uma das propostas é que as barreiras sanitárias impeçam a entrada de cidadãos brasileiros vindos de cidades com alto í­ndice de contágio de coronaví­rus.

Hoje, Medina afirmou ao jornal ABC Color que a ideia da Câmara de Comércio é habilitar trás acessos entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai, com adoção de medidas de controle sanitário. Segundo ele, antes da pandemia, pelo menos mil pessoas cruzavam a fronteira entre as duas cidades todos os dias, para trabalhar ou fazer compras.

Tomás Medina disse que o pedido dos comerciantes é de flexibilização “prudente e responsável” das medidas sanitárias para retomar o comércio e diminuir o prejuí­zo financeiro. Ele estima perda de até 50% dos 45 milhões de dólares movimentados todos os meses na cidade.

Além do comércio, todas as faculdades de medicina de Pedro Juan Caballero estão fechadas. Pelo menos cinco mil brasileiros frequentam as aulas e estão deixando a cidade diante da falta de perspectiva de retomada dos cursos presenciais neste ano.

O governo paraguaio prorrogou até o dia 4 de maio a quarentena total iniciada no dia 11 de março. Até agora não há manifestação sobre o pedido dos comerciantes da fronteira.

Fonte: Helio de Freitas/ Campo Grande News

2020-04-28 09:44:00

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