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MS tem recorde de queimadas em 22 anos e decreto dá ‘alívio’ ao Pantanal

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Com a publicação do decreto federal que proí­be por quatro meses as queimadas em todo o paí­s a partir do dia 15 de julho, o Pantanal sul-mato-grossense terá um más a mais de “alí­vio” contra essa prática.

Isso porque resolução estadual já prevá a proibição das queimadas controladas no bioma no perí­odo de 1º de agosto a 31 de outubro. Então, com a medida publicada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, o prazo em que essa prática fica proibida vai de 15 de junho a 15 de novembro (4 meses).

Para o tenente-coronel Queiroz, da PMA (Polí­cia Militar Ambiental), essa ampliação do prazo pode amenizar os focos na região. “Claro que ajuda, com isso as pessoas acabam nem procurando [autorização] para queimar. Por outro lado, a maioria desses incándios de origem humana não foram autorizados”, esclarece.

Assim, o militar explica que neste perí­odo já é mais difí­cil o órgão autorizar uma queimada controlada neste perí­odo. “São levados em consideração vários fatores condicionantes como direção do vento, por exemplo. Com esses focos de queimada, dificilmente alguém consegue uma autorização”, diz Queiroz, explicando que as épocas mais fáceis para se obter uma autorização para queimada controlada é a partir de outubro até abril, perí­odo mais chuvoso.

O decreto permite as queimadas controladas apenas nas seguintes situações: práticas de prevenção e combate a incándios feitas ou supervisionadas por instituições públicas; práticas agrí­colas de subsistáncia executadas pelas populações tradicionais e indí­genas; atividades de pesquisa cientí­fica autorizadas pelo órgão ambiental competente; controle fitossanitário, desde que autorizado por órgão ambiental e para queimas controladas em áreas fora da Amazônia Legal e do Pantanal, quando imprescindí­veis í  realização de práticas agrí­colas.

Queimadas recorde
Relatório do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostra um dado preocupante. No perí­odo de 1º de janeiro a 16 de julho, foram registradas 3.083 queimadas em Mato Grosso do Sul. í‰ o maior número desde o iní­cio dos registros, em 2008. Os dados indicam que o estado é o segundo mais atingido pela prática, ficando atrás apenas de Mato Grosso, que registrou 7.599 focos.

Liderança indesejada
No coração do Pantanal, Corumbá amarga a primeira posição, disparada, no ranking dos municí­pios com maios incidáncia de queimadas no paí­s. Dos 3.083 incándios verificados em MS, 2.000 foram na cidade pantaneira. A segunda posição fica com Poconé, no pantanal de MT, com pouco menos de 500 registros.

Fonte: Midiamax

2020-07-20 10:20:00

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