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Workshop “MS Fronteiras” debate estratégias para o enfrentamento à violência contra mulheres fronteiriças

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Realizado na manhã dessa segunda-feira (24), o workshop mediado pela coordenadora de enfrentamento í  violáncia, da Subsecretaria Estadual de Polí­ticas Públicas para Mulheres, Rhaissa Siviero, contou com a participação da subsecretária Luciana Azambuja, também idealizadora e coordenadora do projeto “MS Fronteiras”; da vereadora de Ponta Porã e coordenadora do Parlamento Feminino da Fronteira, Anny Espí­nola; da deputada federal Bia Cavassa e das professoras-doutoras Cláudia Araújo (UFMS Corumbá) e Marinete Z. Rodrigues (UEMS Amambai).

O objetivo do workshop virtual foi discutir como a violáncia de gánero afeta as mulheres fronteiriças e as estratégias para o enfrentamento í  violáncia doméstica e familiar para mulheres com as famí­lias binacionais em região de maior vulnerabilidade, considerando os 18 municí­pios que integram o “MS Fronteiras”. O projeto foi criado no âmbito do Codesul após apresentação do governador Reinaldo Azambuja aos governadores dos Estados-membros Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que culminou com o projeto “Codesul Fronteiras”, envolvendo as Comissões Permanentes de Polí­ticas para Mulheres e Segurança Pública. As palestrantes desenvolveram o tema com várias sugestões a serem implementadas, articulação que ficará a cargo da Subsecretaria de Estado de Polí­ticas Públicas para Mulheres.

A subsecretária Luciana Azambuja iniciou as falas, contextualizando o projeto “MS Fronteiras”, explicando os objetivos e os avanços desde 2018, destacando o recebimento de emenda parlamentar individual da deputada federal Bia Cavassa, no valor de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais), que permitirá a reestruturação dos órgãos da rede municipal de atendimento í s mulheres em situação de violáncia dos municí­pios que integram o projeto: Corumbá, Ladário, Porto Murtinho, Caracol, Bela Vista, Antônio João, Ponta Porã, Aral Moreira, Laguna Caarapã, Amambai, Coronel Sapucaia, Paranhos, Sete Quedas, Tacuru, Japorã, Iguatemi, Mundo Novo e Eldorado. O convánio já foi assinado entre o Ministério das Mulheres e a Secretaria de Governo e Gestão Estratégica (Segov).

A subsecretária ressaltou a importância de trabalhar as polí­ticas públicas para melhorar a qualidade de vida de toda a população fronteiriça, com base no ODS 5 da ONU: “Alcançar a igualdade de gánero e empoderar todas as mulheres e meninas” por meio dos quatro eixos estruturantes do projeto: Articulação polí­tica e planejamento; interiorização das polí­ticas de enfrentamento í  violáncia contra mulheres; qualificação dos agentes públicos para o atendimento humanizado e autonomia econômica e social das mulheres.

A professora Marinete trouxe a preocupação com o recorte de raça e etnia, propondo a realização de um trabalho diferenciado com mulheres negras e indí­genas, visando prevenir e combater a violáncia de gánero, o racismo e o preconceito, romper o medo e a vergonha e facilitar o acesso dessas mulheres í  informação e aos órgãos da rede de atendimento. Ela sugeriu a realização de campanhas educativas nas lí­nguas guarani e espanhol, para alcançar todas as mulheres fronteiriças: brasileiras, paraguaias e indí­genas.

Já a professora Claudia atentou para a importância dos órgãos especializados no atendimento í  mulher, bem como para a importância do trabalho articulado e integrado das redes municipais de atendimento í  mulher, devendo ser uma ação transversal entre as principais polí­ticas, como segurança, justiça, saúde, educação, assistáncia social e outras. “A existáncia desses equipamentos oferece í  mulher mais segurança e apoio, encorajando-a a procurar ajuda e a denunciar”, afirmou, citando como exemplo o aumento da procura pela Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande.

A vereadora Anny ressaltou o trabalho do legislativo municipal na defesa e garantia dos direitos das mulheres em situação de violáncia e violação de direitos, na criação de leis e na fiscalização das polí­ticas públicas existentes, comprometendo-se a incentivar a maior participação da mulher na polí­tica, para a ampliação do Parlamento Feminino da Fronteira.

Por sua vez, a deputada federal Bia Cavassa lembrou da necessidade de atenção especializada para as mulheres fronteiriças, que precisam do apoio do Poder Público para superarem as violáncias sofridas, para que retomem as rédeas de suas vidas e para que possam viver sem violáncia e com autonomia. A deputada colocou seu mandato í  disposição, reiterando que o combate í s diversas formas de violáncia que acometem crianças, mulheres e pessoas idosas é compromisso com a população sul-mato-grossense e pantaneira.  

A SPPM irá organizar as propostas e recomendações discutidas no workshop e agendará nova reunião com as palestrantes, para ajustes aos termos de parceria que possam ser pactuados.

Para saber mais sobre o projeto “MS Fronteiras”, acesse o site www.naosecale.ms.gov.br, no botão “projetos e programas”. Para entrar em contato com a SPPM, envie um e-mail para mulheres@segov.ms.gov.br.

Fonte: Jaqueline Hahn Tente, Secid

2020-08-25 14:37:00

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