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Indústrias sucroenergéticas de MS atingem 32 milhões de toneladas com moagem da cana

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Apesar da pandemia mundial do novo coronaví­rus (Covid-19), as indústrias sucroenergéticas de Mato Grosso do Sul alcançaram 32,3 milhões de toneladas com a moagem da cana-de-açúcar até o dia 15 de setembro, quantidade 8% menor comparada ao mesmo perí­odo da temporada anterior. A qualidade da matéria-prima, no entanto, aumentou em 5% alcançando 140,79 kg de Açúcares Totais Recuperáveis por Tonelada de Cana (ATR/TC), conforme informações disponibilizadas pela Biosul (Associação de Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul).

Segundo o presidente da Biosul, Roberto Hollanda, a maior concentração de açúcar na cana “indica melhor qualidade da matéria-prima na safra (2020/2021) e compensa o ritmo mais lento da colheita neste ciclo”. No perí­odo acumulado da temporada até 15 de setembro, a produção de etanol somou 1,9 bilhão de litros, enquanto o volume é 20% menor com relação ao perí­odo no ano anterior, sendo que, desse montante, 1,4 bilhão de litros são de hidratado (-25%) e 456 milhões de litros são de anidro (-0,6%).

A produção de açúcar atingiu 1,2 milhão de toneladas, quantidade 98% maior com relação ao mesmo perí­odo do ano passado quando registrou 627 milhões de toneladas do adoçante. Os dados são refletidos no mix de produção da safra com aumento de 106% na destinação da matéria-prima para o açúcar, que saltou de 14% para 28%, no comparativo com o último ciclo. Ainda assim o percentual para a produção de etanol é de 72%, dentro da média esperada para o Estado.

“Ano passado, o mix pró etanol foi fora da curva, muito alto. Neste ano, a retração do consumo de combustí­veis e as condições mais atrativas no mercado internacional do açúcar fez com que o perfil de produção no Estado se reajustasse, ainda assim priorizando a produção do biocombustí­vel”, explicou Roberto Hollanda, informando que atualmente todas as 18 unidades sucroenergéticas em operação no Estado produzem etanol, dessas dez são produtoras de açúcar.

Emprego

De janeiro a agosto deste ano, perí­odo que inclui a situação mundial de pandemia da Covid-19, as indústrias produtoras de açúcar e etanol foram responsáveis por 866 novos empregos em Mato Grosso do Sul. O saldo corresponde a 16% do total de vagas formais criadas pelo setor industrial, o maior empregador do Estado, conforme aponta o Radar Industrial da Fiems.

Com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a produção de açúcar foi responsável pela contratação de 629 novos colaboradores, enquanto a fabricação de etanol abriu 237 oportunidades. Naviraí­, Rio Brilhante, Fátima do Sul, Angélica, Nova Andradina foram os municí­pios com maior número de oportunidades consolidadas para atuação na indústria sucroenergéticas.

Para o presidente da Biosul, Roberto Hollanda Filho, o saldo positivo de novos empregos em plena pandemia traz otimismo para o setor. “Nossas associadas trabalharam para uma rápida implantação dos seus protocolos de biossegurança, garantindo a preservação da saúde dos seus colaboradores e a continuidade das operações em segurança para todos. Com certeza foi um diferencial não só para a manutenção dos milhares de empregos, mas para a criação de novas oportunidades que já indicam um momento de recuperação para a indústria”, ressaltou, lembrando que a atividade é responsável por mais de 30 mil empregos diretos no Estado.

Fonte: EndoqueMS

2020-10-07 09:27:00

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