O filho de um dos narcotraficantes brasileiros mais procurados do país foi morto em confronto com o Batalhão de Choque da Polícia Militar.
Jardel íngelo, o ;Camisa 10;, filho de Domingos Soligo, o âPingoâ, morreu no fim da tarde de quinta (31).
De acordo com a polícia, a equipe fazia rondas quando se deparou com um veículo da marca Renaut Fluence, conduzido por um homem de 37 anos que demonstrou nervosismo ao perceber a presença policial.
No momento da abordagem, o condutor demorou para descer do carro e não obedeceu í ordem de permanecer com as mãos acima da cabeça, levando-as para a cintura e sacando uma arma de fogo.
Os policiais revidaram as agressões e conseguiram desarmá-lo.
Quando verificaram os sinais vitais de Jardel, viram que ainda estava vivo, ele chegou a ser socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Almeida, mas não resistiu.
Com Jardel estava uma pistola calibre 40, de uso restrito das forças policiais, com numeração raspada e carregador contento diversas munições.
De acordo com o Choque, ele integrava uma facção criminosa na Capital.
Era conhecido com âAlemãoâ e âCamisa 10â e recebia ordens diretas presidiários para executar internos quando saiam de presídios e da gameleira.
Jardel é responsável por mais de 4 execução nos últimos meses e ainda é investigado pela Polícia Civil por um homicídio em Indubrasil.
Pingo Soligo
O pai de Jardel, Erineu Domingos Soligo, conhecido por Pingo Soligo, foi um dos narcotraficantes brasileiros mais procurados pela polícia nacional e internacional.
Foi um dos pioneiros no tráfico de maconha para o Brasil, no município de Aral Moreira, na fronteira com o Paraguai.
Mas enriqueceu mesmo com a venda de cocaína, que permitiu a parceria com um dos maiores traficantes do Brasil, o Fernandinho Beira-Mar, que fez dele um traficante internacional.
Em 2010, foi preso pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai, em uma fazenda na região de Pedro Juan Caballero.
A captura de Pingo foi tão notória que o próprio presidente do Paraguai na época, Fernando Lugo, visitou a sede da Senad para acompanhar a operação e parabenizar os agentes da polícia.
Quando foi preso, o então integrante da organização paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) já tinha duas condenações no Brasil, uma de 15 e outra de 26 anos.
Em 2011 foi extraditado para o Brasil, onde foi posto em regime semiaberto.
Após tramar, por celular, uma fuga com seu filho em uma de suas saídas temporárias, ele foi transferido para o sistema federal.
Natural de Trás Passos (RS), possui condenações em Ponta Porã e em Passo Fundo, Rio Grande do Sul.
Antes de ser preso, escapou por anos da Polícia Federal e da Interpol usando identidades falsas e pagando propina.
Atualmente cumpre a pena de 41 anos em uma penitenciária no Rio Grande do Sul.
Fonte: Gabrielle Tavares/ Correio do Estado
2021-01-02 06:05:00