A incidáncia do coronavírus segue alta e está presente em todos os municípios de Mato Grosso do Sul. Infelizmente, os reflexos da pandemia já podem ser sentidos em hospitais públicos e privados de Campo Grande, por exemplo. Conforme o Boletim Epidemiológico desta terça-feira (5), a taxa de ocupação global está em 90% na macrorregião de Campo Grande, sendo 44% para leitos de UTIs Covid e 41% para leitos não Covid.
Os dados levantados pela SES ainda apontam que trás hospitais de Campo Grande registram taxa de ocupação em 100% de leitos de UTI Covid: Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, Hospital Adventista do Pánfigo e a Clínica Campo Grande. Com 90%, está a Santa Casa de Campo Grande, onde com 30 vagas disponíveis, 27 leitos de UTI Covid estão ocupados. Já o Hospital Universitário da UFMS registra taxa de ocupação de leitos Covid em 50% e do Hospital El Kadri com 40% de ocupação.
Para o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, a população tem que seguir todas as recomendações de biossegurança para evitar novos contágios. ;Se levarmos em consideração o que a literatura diz – que de cada 100 casos, cinco irão precisar de internações, sejam em leitos clínicos ou de UTIS -, infelizmente nós não vamos ter esses leitos, chegamos í nossa capacidade máxima e fizemos tudo o que foi preciso em Mato Grosso do Sul;.
E afirma que os hospitais estão operando em sua capacidade máxima, com muitos pacientes internados nas alas vermelhas. ;Muitos estão internados, alguns intubados, aguardando por uma vaga, que í s vezes libera porque pessoas foram a óbitos. Assim, estamos com uma média de óbitos muito grande, chegamos ao nosso limite de abertura de novos leitos;, ressalta Resende.
O impeditivo para a ampliação de leitos ocorre por falta de recursos humanos. ;Nós não temos médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais que precisam estar dentro das ilhas de UTIs para fazer o manejo adequado de pacientes;, explica Geraldo.
Com a alta circulação viral, superlotação de hospitais e aumento de número de casos de óbitos, a SES espera contar com o apoio de toda a população para aumentar a taxa de isolamento, fazer uso de máscaras, higienização das mãos com água e sabão, e com álcool em gel ou álcool 70%, além de auxiliar no combate í s aglomerações.
Fonte: Rodson Lima, SES
2021-01-06 08:24:00