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Em três anos da Lei Anticorrupção, MS já se iguala a SP em número de punições aplicadas

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Desde a regulamentação da Lei Anticorrupção em dezembro de 2017, Mato Grosso do Sul, já aparece entre os estados que mais concluí­ram PAR (Processos Administrativos de Responsabilização) no cenário nacional. A informação é do Controlador Geral do Estado, Carlos Eduardo Girão que classifica a lei como um grande avanço no ordenamento jurí­dico no paí­s e fala dos avanços obtidos pelo Estado.

“Nós somos o 5° estado que mais concluiu procedimentos. Já aplicamos multas em 4 empresas e temos mais procedimentos abertos em face de outras 3 empresas”, destaca. A tí­tulo de comparativo ele cita o estado de São Paulo que em mais tempo de regulamentação conta com o mesmo número de procedimentos concluí­dos em Mato Grosso do Sul.

“São Paulo concluiu 4 processos, e eles regulamentaram a lei em 2014. E a gente foi no final de 2017 e já terminamos 4 processos com punições, considerando trás processos da CGE e um da MS Gás, já que abrir esses procedimentos não são uma exclusividade da controladoria”, explica.

Criada em 2013 pelo Governo Federal, a Lei Anticorrupção – 12.846 – é considerada uma das regras mais severas no combate a corrupção, pelo fato de estabelecer sanções rí­gidas í s pessoas jurí­dicas que praticarem atos contra a Administração Pública, nacional ou estrangeira.

Levantamento da Folha de São Paulo indica que das 27 unidades da Federação, apenas 19 homologaram a lei e passaram a usá-la, e desse total, apenas 15 chegaram a abrir Processos Administrativos de Responsabilização (PAR) e só oito concluí­ram ao menos um processo.

Assim que Mato Grosso do Sul começou a se estruturar para regulamentar a lei, a principal recomendação do governador Reinaldo Azambuja foi a atuação firme em cima de qualquer ato de corrupção. “Especialmente por que haví­amos acabado de sair da operação Lama Asfáltica que foi a maior operação de combate a corrupção aqui no Estado”, conta.

A adaptação í s novas diretrizes que necessitam de capacitação de procedimentos de todas as partes envolvidas, foi uma das principais dificuldades enfrentadas no iní­cio. “O fato do instituto novo de responsabilidade objetiva ter sido trazido para o âmbito administrativo exigiu uma capacitação muito grande das pessoas que não o conheciam, mas tivemos uma parceria muito forte com a Controladoria Geral da União para capacitar nosso pessoal”.

Outra dificuldade encontrada no iní­cio foi o diálogo com os órgãos de fazenda dos Estados. “A partir do momento em que há necessidade de informação de arrecadação de determinada empresa, a gente precisa diligenciar os órgãos fazendários seja federal, seja estadual, sobre o faturamento das empresas. E muitas vezes há dúvidas sobre a pertináncia ou não, sobre a possibilidade ou não, do fornecimento dessas informações”.

Porém essas dificuldades vám sendo superadas, e atualmente o Conselho Nacional de Controle Interno, que é o órgão que congrega todas as controladorias estaduais e das capitais, e da qual Girão faz parte como 2° vice-presidente, mantém diálogo aberto com a Receita Federal.

“Esse é um processo que tem sido construí­do muito fortemente com a Receita Federal. Então a aplicação tem essas restrições, mas está sendo trabalhado. A partir do momento que isso se torne mais comum, ela vai fluir melhor. Vai fluir mais rápido e os resultados vão aparecer com uma velocidade muito grande para toda  sociedade. A médio prazo ganhamos eficiáncia, economicidade na prestação de serviço, transparáncia, e uma segurança de que o dinheiro público está sendo muito bem aplicado”, destaca o responsável pela CGE/MS. 

Fonte: Mireli Obando, Subcom

2021-02-09 09:21:00

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