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Vacinação dos servidores da segurança começa nesta semana

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O governo de Mato Grosso do Sul vai antecipar a vacinação contra Covid-19 de 11.700 trabalhadores da segurança, entre policiais civis, militares, bombeiros, agentes penitenciários e guardas municipais. Segundo o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, a aplicação do imunizante terá iní­cio com a chegada da nova remessa de doses no Estado.  

O objetivo do governo de MS é priorizar a imunização dos trabalhadores da segurança pública, que estão expostos ao ví­rus diariamente. 

Estes profissionais estão incluí­dos no grupo prioritário, no entanto, trabalhadores das forças de segurança e salvamento estão í  frente apenas de pessoas que trabalham com o transporte de passageiros e cargas e trabalhadores portuários e industriais, segundo o Plano Nacional de Imunização (PNI).

De acordo com Resende, foi aprovado ontem, em reunião entre o Ministério da Saúde e secretários municipais do Estado, a vacinação dos profissionais de segurança. Em sintonia com a imunização dos idosos acima de 60 anos, estes profissionais poderão ser vacinados ainda esta semana.

“Nós fizemos essa solicitação e conseguimos convencer os municí­pios para que adiantassem a vacinação, sem prejudicar os grupos prioritários. Esperamos que amanhã [hoje] seja publicada a nota técnica e que a vacina que chega na quinta-feira já venha para esse grupo”, detalha.

Resende destaca que os profissionais da segurança foram fundamentais para o enfrentamento da Covid-19 em Mato Grosso do Sul. “Estarí­amos em uma situação difí­cil, se não fossem os bombeiros, as polí­cias civil e militar e os agentes penitenciários, que estão na linha de frente na construção da logí­stica, na montagem de drive-thru, que estão envolvidos na imunização, na fiscalização sanitária. São eles que nos ajudam a ser o Estado que mais rápido entrega as vacinas”.

SEGURANí‡A

Mato Grosso do Sul conta com cerca de 6 mil policiais militares, 2.200 policiais Civis e 1.800 bombeiros na ativa, além de 1.700 agentes penitenciários e guardas municipais. 

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social de MS (Sintss) e membro do Fórum dos Servidores do Estado, Ricardo Bueno, os policiais geralmente estão na rua o tempo todo, principalmente neste momento em que muitos estão contrariando as medidas sanitárias e fazendo festas.  

“Eles acabam tendo que ir nesses lugares atender ocorráncias e dispersar esse pessoal. Então é de extrema importância para os profissionais e para a sociedade, já que, se tiver policiais doentes, vocá não tem as forças nas ruas para atender na hora de necessidade”, destaca.

Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sinpol), Giancarlo Miranda, mesmo durante os perí­odos de restrição do Estado e de Campo Grande as delegacias estão funcionando, os policiais estão ajudando no cumprimento dessas restrições e estão transportando a vacina.

“Nós estamos na linha de frente, a polí­cia não pode parar, as investigações não podem parar. Perdemos dois colegas na ativa e 10 aposentados. Além disso, 10% dos policiais já tiveram coronaví­rus. Aguardamos que o governo do Estado já anuncie essa data o mais rápido possí­vel para imunizar os policiais na ativa”, afirma.

EDUCAí‡íƒO

O secretário conclui que o próximo grupo a ser priorizado para antecipação da imunização são os profissionais da Educação, para que seja realizado o retorno das aulas presenciais. Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com 25 mil profissionais na rede pública de ensino. 

Os trabalhadores da Educação Básica, como creches e pré-escolas, Ensino Fundamental, Ensino Médio e profissionalizantes, também estão quase no fim da fila de grupos prioritários do PNI.  

Inicialmente, o Plano Nacional de Imunização foi formulado com foco na redução da mortalidade causada pela Covid-19, com a imunização dos grupos de idosos com 60 anos ou mais, assim como a proteção da força de trabalho para manutenção do funcionamento dos serviços de saúde e dos serviços essenciais. 

Entretanto, o PNI é dinâmico e prevá que os grupos poderão ser ajustados, com alterações de prioridades, população-alvo, capacitações e estratégias para a vacinação em cada estado do Paí­s.

De acordo com o presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), Jaime Teixeira, desde fevereiro, foi proposto que o retorno das aulas presenciais só seria adotado após a vacinação de todos os trabalhadores da educação, como professores e funcionários administrativos.  

“Depois da Segurança, é uma necessidade imperiosa que os profissionais da educação sejam vacinados. Não só professores, mas administrativos. Todos os que estão na escola”, explica.  

O presidente do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), Lucilio Nobre, informou ao Correio do Estado que os profissionais da educação buscam em todas as instâncias pela vacinação da categoria, com pedidos na Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e na Fetems.

“A gente aguarda com muita expectativa o quanto antes o governo proceder com a vacinação, assim como no municí­pio. Precisa-se imunizar por completo para depois o retorno í s aulas”, detalha.

Nobre destaca que a antecipação da vacinação é importante para que o impacto das aulas remotas não prejudique a Educação Básica. “A gente tem esse entendimento e sabemos que quanto antes retornar melhor para a Educação, porque acaba tendo de certa forma prejuí­zo. Por mais que o professor tenha se esforçado, tem sido prejudicada a qualidade de ensino, tendo em vista que os alunos não tám todo o aparato para acompanhar as aulas remotas”.  

VACINAí‡íƒO NO ESTADO

Mato Grosso do Sul já recebeu 10 lotes das vacinas Coronavac e Astrazeneca, um total de 467.010 doses dos imunizantes. De acordo com o Vacinômetro, o Estado já imunizou 10,49% da população e ocupa o 1º lugar no ranking de vacinação no Brasil. Já foram aplicadas 388.191 doses, sendo 294.750 da primeira e 93.441 da segunda.  

O secretário estadual explica que amanhã chegará um grande quantitativo de doses para o Estado. Até o iní­cio da noite de ontem, não havia informação sobre a quantidade exata do medicamento que Mato Grosso do Sul receberá, no entanto, o Ministério da Saúde dividirá cerca de 9,1 milhões de doses entre as unidades da Federação, maior número já enviado aos estados.  

Hoje será a vez dos idosos com 65 anos. A ampliação para outras faixas etárias depende da chegada das doses. (Colaborou Ricardo Campos Jr.)

Fonte: Ana Karla Flores/ Correio do Estado

2021-03-31 08:52:00

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