Cansadas de ouvirem comentários com conotação sexual, duas funcionárias da Agepen (Agáncia Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) procuraram a polícia para denunciar um colega de trabalho por importunação, violáncia psicológica contra a mulher e assédio sexual.
As vítima são servidoras da Penitenciária de Segurança Máxima de Naviraí e relataram a polícia que passam pela mesma situação nas mãos do chefe de Disciplina e Vigilância do local. Os relatos são idánticos, mas começaram em datas diferente: em 2019 e 2018.
A vítima de 38 anos foi transferida para a cidade há cerca de trás anos. Desde então precisa conviver com as ;cantadas; do colega. Segundo o relato, Nilson sempre aproveitava sua função dentro do presídio para fazer comentários sexuais. Fases prontas como ;vocá é meu sonho de consumo, me dá uma chance; e adjetivos relacionados ao corpo da colega, eram frequentemente usados por ele.
Para a vítima, a situação ficou insustentável após a importunação de somar a perseguição de uma outra colega, que segundo ele, assumiu cargo de chefia mesmo sem ter a qualificação necessária para o cargo. As humilhações em público e as investidas de Nilson fizeram com que ela procurasse o diretor do presídio, mas quje ele teria ignorado a situação para proteger os autores.
Pressionada, a servidora procurou ajuda psiquiátrica e precisou ser afastada do serviço por dois meses para tratamento. ;Ela esta tomando remédio para controlar a ansiedade, ainda chora bastante e até a arma que ela tem registrada, tive que esconder;, relatou o marida da vítima, policial militar de 48 anos.
Ao Campo Grande News, o militar relatou que a esposa foi a primeira a registrar boletim de ocorráncia, no dia 20 de agosto. Depois disso, todas as testemunhas citadas por ela em depoimento começaram a ser coagidas. ;As testemunhas foram chamadas uma por uma por ele. Estão sendo pressionado pela direção do presídio a não testemunhar;. O caso, conta, também foi denunciado pelo Ministério Púbico Estadual.
Dois dias depois, a segunda vítima foi a polícia. A mulher de 30 anos revelou que não ficou livre dos comentários do colega nem quando estava grávida. Durante a gestação ouviu que havia engordado, mas que, com ar malicioso, comentava que um dia ;voltaria ao normal;. Foram meses passando pela situação, até na frente de outros colegas.
Após ter bebá, o assédio piorou. Os comentários em relação ao seu corpo se intensificaram ao ponto da vítima ser acusada de chamar atenção dos presos com a roupas que vestia e ser proibida de acessar determinado setor da unidade. Na ocasião, ela foi até o diretor acompanhada de um colega, testemunha do crime, mas diz que foi desacreditada por ele.
Apesar disso, depois da situação, o superior mudou o tratamento com a colega e passou a falar de maneira ;ríspida e grossa; com ela na frente das equipes. A vítima ainda contou que antes mesmo de começar a trabalhar na unidade foi avisada por outra colega sobre o comportamento do autor.
Conforme informações da Agepen, os casos são apurados pela Corregedoria-Geral da instituição, além do Boletim de Ocorráncia registrado pelos envolvidos junto í Polícia Civil. Os dois envolvidos não foram localizados pela Campo Grande News que segue com espaço aberto para a defesa de ambos.
Fonte: Geisy Garnes/ Campo Grande News
2021-08-25 08:24:00