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MS tem cinco fazendas na Lista Suja da escravidão e total de 54 trabalhadores resgatados

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Dados são atualizados semestralmente e divulgados pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT).

Carvoarias, plantações de café e feijão; propriedades produtoras de açaí­ e mais, mantém trabalho análogo ao de escravo pelo paí­s. – (Sinait | Divulgação)

De janeiro a setembro deste ano, em 234 operações foram resgatadas mais pessoas em situação de trabalho análogo ao de escravo (1.015), do que em 2020, com 276 ações de fiscalização, quando foram contabilizados 936 resgatados. Os dados são divulgados pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT). 

Conforme aponta a Rede Brasil Atual de notí­cias, 2021 está próximo em números de resgate do que foi registrado em 2019 (1.131 resgatados). Maurí­cio Krepsky é o auditor-fiscal chefe da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae) e exalta o trabalho da Operação Resgate, que é feita em parceria com vários órgãos e rendeu esse aumento registrado. 

“Em relação ao Grupo Especial de Fiscalização Móvel, o cronograma de operações foi atendido integralmente, enquanto em 2020 não foi possí­vel fazer operações com deslocamento aéreo de março a julho, em razão da oferta reduzida de voos;, disse o auditor-fiscal. 

Com o pior í­ndice entre as unidades da federação, segundo informações do SIT, aparece Minas Gerais, que de 54 operações somou 420 trabalhadores resgatados; seguida por São Paulo com 135, e Goiás, com 102. Entre áreas rurais e urbanas, respectivamente, foram resgatados 743 e 272 ;empregados;.

LISTA SUJA

Com esses dados é atualizada – semestralmente – a chamada ;Lista Suja; de Empregadores (confira aqui o documento) (pessoas fí­sicas ou jurí­dicas) que tenham submetido trabalhadores a condições análogas í s de escravo. Essa tarefa ficou desde 2019 na mão do Ministério da Economia e a voltou a ser realizada pelo Ministério do Trabalho, com sua recriação. 

Vale ressaltar que, a inclusão de pessoas fí­sicas ou jurí­dicas no Cadastro de Empregadores só ocorre quando da conclusão do processo administrativo que julgou o auto especí­fico de trabalho escravo, no qual houve decisão administrativa irrecorrí­vel de procedáncia, segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait). 

Na atualização de outubro deste ano, foram incluí­dos no Cadastro 13 empregadores, sendo sete pessoas fí­sicas e seis pessoas jurí­dicas, entre donos de carvoarias, plantações de café e feijão; propriedades produtoras de açaí­; dedicadas í  pecuária e í  exploração de eucalipto, nos mais variados estados como Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pará, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Esse Cadastro de Empregadores, em 2020, foi julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como constitucional, sendo que a lista é publicada desde 2003. O impedimento viria se ela fosse declarada como uma sanção, mas é o contrário, já que representa o exercí­cio de transparáncia ativa pela Administração Pública. 

MATO GROSSO DO SUL

Em Mato Grosso do Sul foram resgatadas 54 pessoas em trabalho análogo ao de escravo, que trabalhavam em fazendas, nos municí­pios de: Caracol (06); Aquidauana (09); Rochedo (06); Porto Murtinho (09) e Itaquiraí­ (24), todos incluí­dos ao Cadastro de Empregadores nos últimos dois anos. 

De acordo com o Radar SIT, que traz Informações e Estatí­sticas da Inspeção do Trabalho no Brasil, até 30 de setembro, 1.015 Trabalhadores foram encontrados pela Fiscalização em condições análogas í  de escravo. 

SITEMA IPíŠ

Denúncias de trabalho escravo podem ser feitas de forma remota e sigilosa no Sistema Ipá, lançado em 15 de maio 2020 pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Fonte: MS Notí­cias

2021-10-07 08:27:00

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