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Metade das cidades do Cone Sul tem alta incidência de dengue

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Amambai é o municí­pio que apresenta mais casos confirmados, casos prováveis e incidáncia em toda a região.

Foto: DivulgaçãoA dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, é um problema de saúde pública que afeta os brasileiros ano após ano. A quantidade de casos varia de região para região, conforme os cuidados que a população realiza para combater a proliferação do mosquito, em adição í s tradicionais ações realizadas pelas secretarias de Saúde de cada municí­pio.

A reportagem do Jornal Gazeta consultou o último boletim epidemiológico da dengue, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta quarta-feira, dia 29, para averiguar as informações mais relevantes acerca da disseminação da doença em Mato Grosso do Sul. A partir destes dados, também fizemos um levantamento de como está a situação em todas as cidades que abrangem o Cone Sul do Estado.

Em todo o MS, conforme o boletim, são 10.184 casos confirmados entre 01 de janeiro e 29 de junho. Neste mesmo perí­odo foram contabilizados 15 óbitos, sendo o mais recente o de um homem de 55 anos, com hipertensão arterial, confirmado em Porto Murtinho como consequáncia da dengue no último dia 27.

A cidade do Estado que mais contabiliza casos confirmados de dengue é Campo Grande, com 4.072 casos, seguida por Chapadão do Sul (1.067) e Amambai (762).

Enquanto Amambai está no topo do ranque entre as 14 cidades que compõem o Cone Sul, o municí­pio de Eldorado não teve casos confirmados neste ano.

Toda a região contabiliza 1.198 casos confirmados de dengue. 

Confira na tabela, mais abaixo, o número de casos confirmados, casos prováveis e de incidáncia de casos prováveis em cada cidade da região.

Casos prováveis e incidáncia de casos prováveis

Casos prováveis são os casos em investigação, que não foram finalizados no sistema ou que já foram confirmados. Mato Grosso do Sul, com 19.979 casos prováveis de dengue neste ano, tem incidáncia de 711,1. Este número deixa MS na 7ª posição entre os estados brasileiros.

Em relação aos municí­pios, a classificação de incidáncia é a seguinte: baixa incidáncia = abaixo de 100 casos por 100.000 habitantes; incidáncia moderada = de 100 a 300 casos por 100.000 habitantes; e alta incidáncia = acima de 300 casos por 100.000 habitantes.

No Estado, São Gabriel do Oeste é a cidade com maior incidáncia de casos prováveis. Com população de 27.221, são 1.721 casos prováveis e incidáncia alta, de 6.322,3.

Já no Cone Sul, Amambai, com população de 39.826, também está classificado como de alta incidáncia, na sexta posição. São 980 casos prováveis e incidáncia de 2.460,7.

Na 75ª posição, Iguatemi é a cidade da região com menor incidáncia. A população é de 16.176 pessoas, possui 8 casos prováveis e incidáncia baixa, de 49,5.

Tabela: Grupo A Gazeta

Amambai

Ciente da situação, a Prefeitura de Amambai por meio das secretarias de Saúde (SMS), de Meio Ambiente (SEMAI) e de Serviços Urbanos (SEMSUR) realizou neste más de junho, entre os dias 20 e 24, a Semana de Conscientização e Combate í  Dengue. O objetivo foi trabalhar com a população a importância de combater os focos de dengue, com distribuição de panfletos e vistoria em imóveis, como residáncias, comércios e terrenos baldios.

De acordo com informações da SECOM da Prefeitura de Amambai, que divulgou o balanço geral das ações, foram vistoriados 1.137 imóveis no Dia D da campanha, no dia 24. As ações resultaram em 4 picapes carregadas de materiais inserví­veis recolhidos, 38 focos de dengue encontrados e eliminados, 3 terrenos baldios notificados e 13 pneus eliminados. 

Paralelamente, de acordo com a secretária de Saúde, Dirlene Zanetti, Amambai tem realizado outros trabalhos de eliminação do mosquito da dengue e de conscientização para que a população cuide dos quintais de suas residáncias.

“Ano passado fizemos um mutirão de limpeza e neste ano novamente. Infelizmente constatamos que muitos dos moradores que foram notificados no ano passado ainda não aprenderam a fazer a sua parte. (…) Encontramos focos nas mesmas residáncias. A gente não consegue avançar no combate í  dengue, se a população não nos ajudar. Estamos em época de chuvas e qualquer tampinha de garrafa pet pode acumular água e criar o mosquito transmissor. Por isso, precisamos que todos façam a sua parte nesta luta.” Afirma Zanetti.

Fonte: Marlon Antunes e Raquel Fernandes/ Grupo A Gazeta

2022-06-29 16:33:00

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