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Decretada prisão preventiva de idoso que obrigou neta a ingerir óleo de motor em Aral Moreira

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Em depoimento, idoso não assumiu o crime e deu informações conflitantes í  Polí­cia Civil.

Avô foi preso em flagrante pelo crime contra a menina que era deficiente. (Foto: Divulgação | PCMS)A Justiça de Mato Grosso do Sul decretou a prisão preventiva do idoso de 60 anos acusado de obrigar a neta de 10 a ingerir óleo de motor. O caso aconteceu no domingo (27) na Aldeia Guayvyri, em Aral Moreira, distante 397 quilômetros de Campo Grande. A menina acabou morrendo e o homem foi preso em flagrante.

Em depoimento na 1ª Delegacia de Ponta Porã, o acusado deu informações conflitantes e não assumiu em nenhum momento o crime. Ele ainda chegou a dizer que não sabia o porquá de estar sendo acusado já que em nenhum momento teve contato fí­sico com a menina, mas a versão foi mudada logo em seguida e ele alegou que chegou a dar comida para a ví­tima.

Questionado sobre ter ameaçado a mãe da menina no dia do crime, ele chegou a dizer que foi para a roça e quando voltou ninguém estava em casa, mas também mudou a versão e alegou que ao chegar viu a menina e deu a ela um copo com água.

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) requereu que a prisão fosse convertida para preventiva, já a Defensoria Pública pediu que o fosse concedida a liberdade provisória com medidas cautelares.

Na decisão, a juí­za plantonista, Tatiana Decarli, afirmou que manter o réu preso é necessário por conveniáncia da instrução criminal, além de manter a ordem pública, já que o delito praticado é de gravidade anormal com grande abalo. Com isso, ela converteu a prisão para preventiva com mandado válido até 27 de novembro de 2042.

Brigas – í€ polí­cia, uma testemunha disse que o suspeito puxava a faca ameaçando a filha, mãe da criança, durante as brigas que eram frequentes. Ela disse que ao ser informada sobre o fato foi até a casa da criança e a encontrou morta com um lí­quido preto na sua boca e nas mãos.

Segundo a testemunha, a irmã mais velha da ví­tima disse que o avô era responsável por matar a criança. Ainda de acordo com outras testemunhas, era comum encontrar o suspeito embriagado nas dependáncias da aldeia.

Segundo a mãe da ví­tima, mulher de 34 anos, no sábado saiu de casa e levou o filho de 5 anos após ser ameaçada de morte pelo pai. Ela disse que deixou a criança, mas intenção era voltar para buscar a filha no outro dia. No domingo, por volta das 8h, ela retornou a casa para buscar a criança, mas cerca de 1 hora depois, a menina começou a vomitar um lí­quido de cor preta, que imagina ser óleo de motor. Segundo ela, acredita que o pai matou a neta por vingança.

Caso – A criança era PcD (pessoa com deficiáncia), tinha mobilidade reduzida, não falava e aparentava ter idade inferior, situação que, conforme a polí­cia, a impossibilitava de se defender dos ataques do avô. Segundo apurado pela polí­cia, ela morreu após ser forçada pelo avô materno a ingerir óleo de motor. O caso aconteceu por volta das 14h30 do último domingo (27), em Aral Moreira, distante 397 quilômetros de Campo Grande.

Fonte: Ana Paula Chuva/ Campo Grande News

2022-11-29 17:07:00

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