Ricardo Campos Jr./ Agraer
Indígenas da aldeia Porto Lindo, em Japorã, tám pela frente uma colheita com índices recordes. Graças ao apoio da Agraer (Agáncia de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural)/Semadesc, as plantações semeadas com insumos do Proacin (Programa de Apoio í s Comunidades Indígenas) devem render pelo menos nove mil sacas de milho e 16 mil toneladas de mandioca.
âEstamos nos baseando na produtividade média dessas culturas por hectares plantados. Nós prestamos toda a assistáncia técnica necessária e acompanhamos todas as etapas de cultivoâ, diz o coordenador local da Agraer, Hamilton Clóvis de Oliveira.
Além das sementes, os indígenas receberam calcário para melhorar a qualidade do solo. O produto é essencial para controlar a acidez, além de estimular o crescimento das raízes, aumentar a disponibilidade de fósforo e reduzir os níveis de alumínio e manganás, que são tóxicos para as plantas.
âNós temos vários indígenas que vendem seus produtos ao PAB (Programa Alimenta Brasil), antigo PAA. São pessoas que acompanhamos bem de perto na Porto Lindoâ, diz o extensionista.
Segundo ele, algumas famílias já começaram a colher. Outras, que plantaram tardiamente, ainda aguardam o ponto certo para dar início aos procedimentos.
âEntre os benefícios para a comunidade indígena, existe a questão da segurança alimentar, pois os indígenas consomem bastante milho e mandioca. Contudo, o mais importante é a questão da renda, já que a maior parte será comercializadaâ, completa.
Assistáncia
O Proacin atende todas as aldeias de Mato Grosso do Sul com algum tipo de atividade rural. Além de sementes e calcário, os beneficiados ainda contam com o conserto de maquinários agrícolas e óleo diesel que são usados no preparo de solo e plantio.
A aldeia Porto Lindo foi uma das que receberam investimento total de R$ 9,2 milhões ao longo de 2022. Foram entregues 14.996 toneladas de calcário í s comunidades indígenas de janeiro a dezembro, que custaram R$ 5.382.344,34.
2023-03-15 08:51:00