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Em protesto contra PL do marco temporal, indígenas poderão bloquear rodovias nesta terça em Amambai e região

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Projeto de Lei está previsto para ser votado nesta terça na Câmara dos Deputados em Brasí­lia.

Em setembro de 2021, quando o STF discutia o PL do marco temporal, rodovias foram bloqueadas em toda a região. (Foto: Divulgação)

Vilson Nascimento/Grupo A Gazeta

Em protesto contra o Projeto de Lei (PL) sobre o marco temporal para demarcação de terras indí­genas, membros da comunidade indí­gena de Amambai e região poderão bloquear rodovias nesta terça-feira, 30 de maio.

De acordo com a Agáncia Brasil, o plenário da Câmara dos Deputados poderá votar nesta terça-feira (30) o projeto de lei do marco temporal (PL 490/2007).

A proposta determina que somente serão demarcadas as terras indí­genas tradicionalmente ocupadas por esses povos na data da promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988.

Em tramitação na Câmara desde 2007, o texto teve sua análise acelerada após a aprovação de requerimento de urgência, por 324 votos favoráveis e 131 contrários, na semana passada. A matéria retira a demarcação de terras de povos originários da Fundação Nacional dos Povos Indí­genas (Funai) e devolve a atribuição ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Na segunda-feira (29), ocorreram mobilizações na Aldeia Amambai convocando membros da comunidade. O plano seria bloquear o tráfego na Rodovia MS-386, que liga Amambai a Ponta Porã, a partir das 8h da manhã, no trecho que corta a comunidade indí­gena.

Em setembro de 2021, quando o STF discutia o PL do marco temporal, rodovias foram bloqueadas em toda a região e só foram liberadas após o Supremo Tribunal Federal suspender a apreciação da matéria.

No más passado (abril), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, anunciou que a Corte retomará o julgamento sobre o marco temporal para demarcação de terras indí­genas no próximo dia 7 de junho.

A Câmara dos Deputados quer se antecipar em relação í  apreciação da Suprema Corte e tentar aprovar a validade do marco temporal antes que a matéria seja novamente apreciada pelo STF.

2023-05-30 08:24:00

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